sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
... em cartaz amanhã
Venho convidar a todos a assistir ao filme Diário de Sintra que entra em cartaz amanhã (11 de dezembro) simultaneamente no Unibanco Arteplex na Praia de Botafogo (RJ), Unibanco Arteplex Shopping Frei Caneca, Bela Vista, (SP) e no Cine Glauber Rocha, em Salvador.
Aproveitem e confiram nosso site (com direito a trailer):
http://www.diariodesintra.com/e Blog: http://www.ciclodesintra.blogspot.com/Beijo imenso e boa sessão para todos!
domingo, 29 de novembro de 2009
Cineclube Nosso Tempo
Fragmentos...
Sintra se deve, já de partida, uma celebração. Um
projeto pequeno, gestado por anos a fio, de orça-
mento reduzidíssimo, que atravessa países e épocas
diferentes, e que é concebido e executado sem uma
concessão sequer. Um filme que é devedor exclusi-
vo da relação de uma cineasta com os materiais es-
pecíficos de seu trabalho e dos territórios que eles
habitam – imagens e sons de um período, de uma
convivência, de um retorno, e o que isso pode dizer
sobre o cinema, sobre a arte. A circulação do filme
de Paula Gaitán por festivais nacionais e internacio-
nais, a repercussão desse primeiro contato com a
obra, prêmios que viabilizaram sua distribuição co-
mercial e, então, a chegada às salas de cinema: de-
marcação de uma pequena vitória, e também o mo-
mento de se interromper o tom celebratório simples.
Rodrigo de Oliveira/2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Stella Senra (sobre o filme Diario de Sintra)
"Paula Gaitán já fez uso da fotografia em outros filmes – como em Vida ou Kogi; mas, em Diário de Sintra, ela tem uma presença de destaque, que merece ser examinada. É verdade que o filme trata ... da morte e da memória, do passar do tempo, do que ficou e do que foi perdido – experiências nas quais, a sua maneira, a imagem fotográfica também toca. Mas não é em virtude de sua dimensão fenomenológica que a fotografia se destaca em Diário de Sintra. Se seu papel é tão decisivo, é porque a diretora leva em conta o lugar de destaque que a imagem fotográfica passou a ocupar no contexto mais amplo das práticas artísticas contemporâneas, um lugar no qual estão sendo redefinidas novas partilhas do mundo e da imagem"
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Cine Artes UERJ convida
Para saber mais sobre o filme de Paula Gaitán Rocha, acessem
http://ciclodesintra.blogspot.com/2009/10/trailer-de-diario-de-sintra-de-paula.html
A sessão será nesta quinta - 26/11 - às 18hs - seguida de debate com a diretora e equipe.
Auditório do Instituto de Artes da UERJ (campus maracanã) 11º andar - Pavilhão João Lyra Filho.
ENTRADA FRANCA
O que é
(Cleber Eduardo)
domingo, 22 de novembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
Exibição em Vista Alegre, no cineclube 'Subúrbio em Transe'
Mas, como é da nossa feita comentar sobre o que fazemos, para emergir na grande rede e fazer notar-se o que é de valor, é preciso dizer que o CASARTI + Subúrbio em Transe proporcionaram a nós uma excelente oportunidade de exibição, debate altamente qualificado e, mais que tudo, uma tarde de sábado agradável para rememorar algumas questões pertinentes sobre cinema, sobre arte.
É emocionante para todos da produção e para a diretora, Paula Maria Gaitán, ver que o "Diário de Sintra" pode contribuir e articular tal atividade. Obrigado ao CASARTI e nos vemos na próxima exibição, 26/11/2009, no Instituto de Artes / UERJ.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Exibição + debate na ECO / UFRJ
Agende-se: "Diário de Sintra" em exibição
Endereço: Av. Pasteur
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Interação "Diário de Sintra"
Como você vê os versos de Maira? Quais imagens lhe vêm a memória ao mergulhar em sua poesia? O Diário de Sintra convida você, que é universitário das áreas de cinema, artes plásticas, design, teatro, música ou moda, a expressar este poema através de um vídeo, de até um minuto, nos enviar através do email filmediariodesintra@gmail.com
Você concorrerá a 5 convites-duplos para assistir o longa de Paula Gaitán. A cada semana serão escolhidos pela produção os 2 melhores vídeos, que serão postados no canal no Youtube e aqui no blog. Os melhores da semana entrarão na disputa final pelos 5 vídeos que o traduzam de forma mais inspirada....
Envie o seu vídeo em formato MOV ou AVI para o e-mail filmediariodesintra@gmail.com, junto com seu nome e/ou do grupo, faculdade, curso, cidade, estado e idade.
O resultado final sairá dia 30 de Novembro de 2009.
Mostre seu olhar. A sua imagem...
Nada-se no ar, o olhar segue essas linhas e esquece
o peso da matéria,
assim como a memória...
Penso nas árvores que
procuram constantemente
seu equilíbrio aéreo.
A cada hora ele construía
um sonho esta falsa
pátria e nunca deixava
de sonhar
Caminhos que levam a
Sintra, ou talvez a lugar
nenhum, imagens que ultrapassam a memória
e comunicam apenas
uma parte do seu
segredo...
Linhas que se entrecruzam
fluxo do tempo
e um tempo remoto
e um tempo presente
Tempo perdido, tempo
redescoberto,
linhas fulgazes
tempo que está
separado de outro tempo,
um tempo que morre
um tempo que está
separado de outro
tempo, mas que
se torna presente.
A paisagem não é
habitada e vivida
e vista por alguém
que se encontra em exílio... em exílio...
Sinto-me agora como
se estivesse construindo
uma ponte delicada
e intrincada na noite
silenciosa cruzando as
trevas de uma tumba
a outra enquanto o
gigante dorme ...
Nosso céu não é feito de
luz. Nosso céu é feito
de lamentações aquosas
entre gritos sonolentos
de túmulos perdidos...
Nosso céu tem
no ventre o infortúnio da
cólera.
(Maira Senise)
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Entrevista
Por que voltar a Sintra 25 anos depois? Como surgiu esta ideia?
Tinha realizado essas filmagens em super-8 no período entre 79 e 81, em vez de escrever poemas (sou poeta e artista visual, também). Filmava como escrevia, diariamente, minhas impressões sobre a viagem, como anotações, diário.
Fiz mais de 40 documentários desde esse período até 2007 (Uaka, Lygiapape e muitos outros no tempo em que morei na Colômbia). Senti a necessidade, depois de ter realizado alguns filmes, de construir esse ensaio pessoal sobre o período de Sintra, investigar o território da memória, da memória involuntária, da construção imagética a partir desse tema. Ganhei um edital do Rumos (Itaú Cultural), e decidi fazer o longa.
Trata-se de um filme em primeira pessoa, uma viagem de reminiscências, uma viagem física até Portugal, país ao qual eu não tinha voltado desde 81, e em paralelo uma viagem da memória. Trata-se de um filme sensorial, afetivo, pessoal, um filme de amor, sobre a perda, um ensaio sobre eu mesma, sobre minha família, sobre Glauber, meu companheiro. Passado, presente e futuro, tudo está incluído nesse Tempo - tempos paralelos, que se mesclam e dialogam, o presente dialoga com o passado numa interpolação de tempos.
domingo, 25 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Agende-se!
14/11/2009: exibição + debate no Subúrbio em Transe (Vista Alegre)
26/11/2009: exibição + debate na Belas Artes / UERJ
Caso outros cineclubes cariocas ou até mesmo outros do resto do Brasil se interessarem pelo filme, não hesitem: entrem em contato conosco por alguma das fontes linkadas no blog, ou pelos e-mails daniel@tempopresente.org ou diariodesintrarebecca@gmail.com
Será um prazer estar com vocês. Abraço grande e bom final de semana!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Fragmentos #2
O que me parece importante enfatizar no “Diário de Sintra” é, em primeiro lugar, o seu caráter de documentário reflexivo. É a partir desse ponto que se pode estruturar um trabalho autêntico, singular, poético, forte e apaixonante. Refletida essa questão, as demais vão ganhar respostas, pois se encontram submetidas a isto.
A força desse projeto, no meu entender, está na ênfase sobre o olhar, sobre a memória afetiva e crítica sobre aquele período em que vivi ao lado de Glauber e meus filhos em Portugal. Ao chamar a atenção para o olhar, ganham destaque os meios e as mediações que constroem meu discurso. O que estrutura meu olhar sobre o mundo sensível? As texturas do filme, as composições de imagem e som, a montagem que segue um fluxo mental e extremamente singular e pessoal, mas que através disso pode atingir os espectadores. É o processo de entendimento do mundo através da memória que precisa ficar claro. Por isso não é, e não se propõe realista, não é uma “janela sobre o mundo”. A ênfase não é sobre o real, mas sobre a memória e a forma que ela constrói o real. A consciência sobre os mecanismos de medição é algo fundamental.
Não é um filme de caráter jornalístico ou histórico no sentido de que pretende esmiuçar detalhadamente uma questão ou um evento .Tão pouco é um filme de encontros onde se destacam os momentos singulares entre realizador e personagens registrado pela câmera
Glauber aparece através do meu olhar ,que hoje, olha para aquele momento de nossas vidas com 25 anos de acúmulos e reflexões. O momento tão pouco conhecido da vida de Glauber, os meses que antecederam sua morte, o momento que ele denominou de “intervalo”, de “fim de um ciclo”
Glauber inicia no final dos anos 60 uma peregrinação pelo mundo que reforça esse movimento. É um nômade. Vive o movimento de descolonização da África. Em 1974 a revolução dos cravos faz sentir esse movimento em Portugal. Caminha entre a estética da fome e a estética do sonho.
Fragmentos #1
... entender que “Diário de Sintra” se trata de duas viagens paralelas. Uma viagem física a cidade de Sintra depois de 25 anos sem nunca ter voltado lá, e uma outra viagem que é da memória, de como se dá esse meu olhar nesse "entre" as coisas. A reflexão sobre aquele período passa por uma interiorização desse processo através da sensibilidade de uma certa subjetividade. Compreendi que a força desse projeto está na ênfase sobre o olhar, sobre a memória afetiva e crítica através dos quais posso construir minha trajetória ao lado de Glauber. Minha história, minha sensibilidade, é objeto tanto quanto a vida de Glauber.